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SOLAR
13/10/2012

EUA divulgam resultado sobre investigação contra protudos chineses de energia solar


O Departamento de Comércio norte-americano divulgou nesta quarta-feira (10) os resultados da arbitragem contra os produtos chineses de energia solar. Os Estado Unidos devem cobrar taxas anti-dumping e antisubsídio de até a 249,96% sobre células fotovoltaicas e acessórios importados da China. Mesmo que a cobrança ainda precise ser autorizada pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA, a decisão fecha, sem dúvida, a porta do mercado norte-americano aos produtos chineses de energia solar.

Segundo deliberação final da entidade, as células fotovoltaicas produzidas na China deverão pagar um imposto antisubsídios de 14,7% a 15,97% e uma taxa anti-dumping entre 18,32% e 249,96%. Os alvos são células fotovoltaicas de silício cristalino, módulos, painéis e alguns materiais de construção.

Frente a esse resultado, o especialista em economia e política mundial da Academia de Ciências da China, Song Hong, apontou que as medidas dos EUA vão apenas atuar como uma proteção durante um período curto, mas a longo prazo não favorecem os consumidores e produtores norte-americanos.

"Para as empresas locais que produzem o mesmo modelo de produtos fotovoltaicos, como por exemplo, a Solar World, o resultado da arbitragem vai ser benéfico, visto que a cobrança de imposto deve enfrequecer a concorrência dos produtos chineses. Porém, quando se leva em conta a redução de emissões e os planos de economia de energia formulados pelo governo norte-americano para promover a reforma verde, tal iniciativa é contraditória."

De acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA, em 2010, a China exportou US$ 1,5 bilhão em células de energia solar ao país. Em 2011, esse número atingiu US$ 3,1 bilhões. Devido à alta dependência do mercado externo, as empresas chinesas serão seriamente afetadas. Para Song Hong, a China deve tomar contramedidas comerciais como retaliação, enquanto o setor pode voltar os olhos para outros mercados para lidar com a crise.

"Do ponto de vista do governo, deve negociar ativamente com os norte-americanos e tomar algumas contramedidas. Por outro lado, a China deve ainda regular o mercado fotovoltaico e eliminar a baixa desleal de preços. Além disso, as próprias empresas precisam impulsionar cooperação entre si para evitar concorrências desnecessárias."

Nos últimos meses, os EUA tem atacado a economia chinesa. O Congresso acusou as empresas de telecomunicação do país asiático de ameaça à segurança norte-americana. Song Hong comentou que essas ações têm motivação eleitoral e também visam conter os países emergentes no âmbito da crise financeira.
"A investigação desta vez contra produtos chineses de energia demonstra a política severa dos EUA contra a China. Combinado o caso de Huawei e Zhongxing, os atos mostram a tendência de uma política rigorosa de Barack Obama e Mitt Romney. "

Tradução: Isabel Shi
Revisão: Luiz Tasso Neto
 


CRI


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