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EÓLICA
06/11/2009

Vento já produz 13% do consumo energético nacional


 Capacidade instalada em Portugal vai crescer 65% nos próximos quatro anos, atingindo 5400 MW em 2013. Actualmente, a cada hora de energia consumida em Portugal, oito minutos já são produzidos nos diversos parques eólicos do País, que já ocupa o terceiro lugar no ranking europeu de produção  de energia eólica

A energia eólica representa hoje já 13% do total do consumo energético do País. As previsões apontam, porém, para que a potência instalada alcance um crescimento de 65% nos próximos quatro anos.

"Em cada hora de energia consumida em Portugal, oito minutos são produzidos nos diversos parques eólicos", revela António Sá Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APER), que participou em Almodôvar num debate sobre alternativas energéticas.

Segundo apurou o DN, Portugal tem actualmente uma potência instalada de 3400 megawatts (MW), que será progressivamente aumentada nos próximos anos, até atingir os 5400 MW em 2013. Números que, em termos relativos, colocam o País no topo dos países europeus na produção de energia eólica.

"No total das renováveis, que já representam 43% do nosso consumo energético, apenas temos à nossa frente a Suécia e a Áustria. No caso da eólica, estamos a lutar com a Espanha pelo segundo lugar, atrás da Dinamarca", revela António Sá Costa.

O crescimento exponencial do sector está a ser feito por conta dos dois consórcios que venceram o concurso público para a energia eólica: Eneop (co-liderado pela EDP e pela Enercom) e Ventinvest (que reúne a Galp e a Martifer, entre outras empresas).

A Eneop prevê investir 1,7 mil milhões de euros em 48 parques repartidos por todo o território nacional, o que lhe permitirá ficar com capacidade para produzir 1200 MW. Por seu turno, o projecto da Ventinvest envolve um investimento de 636 milhões de euros, em oito parques, que permitirão produzir 400 MW.

Os projectos englobam ainda a criação de unidades industriais como a de Viana do Castelo, com cinco fábricas para a produção integral de um novo modelo de aerogeradores.

Segundo Lobo Gonçalves, administrador da Enernova, empresa participada da EDP Renováveis e responsável pelo Parque Eólico de Almodôvar, o "grande crescimento" das renováveis contribui para baixar a factura energética do País. "É uma energia não poluente e que aproveita um recurso endógeno. Ou seja, tem vantagens em termos ambientais e, ao reduzir a importação de combustíveis fósseis, reduz o peso das importações", explicou Lobo Gonçalves.

A funcionar em exploração plena desde Dezembro do ano passado, o Parque Eólico de Almodôvar, o maior no Sul do País, é composto por 13 aerogeradores espalhados por 94 hectares, na serra do Mu. Com uma potência instalada de 26 MW, este parque eólico representou um investimento de 35 milhões de euros. Ainda de acordo com Lobo Gonçalves, a produção à potência máxima só deverá acontecer em 2010, quando forem concluídas as ligações à rede. Nessa altura, será produzida energia suficiente para abastecer um aglomerado populacional com aproximadamente 28 mil habitantes, assegura o mesmo responsável. Isto para além de poupar 40 mil toneladas de emissões de gases com efeito de estufa (CO2), em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

Uma das inovações deste parque prende-se com o facto de as torres de suporte com 65 metros de altura terem sido construídas em betão, contrariamente ao que sucede na generalidade dos países europeus onde são feitas em aço. A durabilidade e uma maior resistência, o que permite uma altura mais elevada e um melhor aproveitamento do vento, foram factores que influenciaram a decisão final.


DN


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